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WILLIAMS À BEIRA DO ABISMO

 
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14/06/2021      Por: Giovanna Corerato

 

A Williams passou os últimos anos na beira do abismo e hoje se encontra em queda livre. A empresa que apresenta uma administração quase amadora demonstrou ser incapaz de manter a família e os negócios separados. Com isso, os pilotos se acostumaram a correr no fundo do pelotão.  

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A mais invejada escuderia dos anos 90 vem passando por um momento de turbulência financeira. A equipe fundada pelo inglês Frank Williams e posteriormente chefiada por sua filha, Claire, conta com um novo diretor executivo, o alemão Jos Capito. A decisão de vender a equipe foi tomada quando pai e filha perceberam que não poderiam competir financeiramente com seus rivais, numa disputa que se tornou quase injusta. 

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O ano de 2013 marca o início do declínio e por coincidência, ou não, a nomeação de Claire Williams como diretora da empresa, que foi de multicampeã a um exemplo a não ser seguido. Porém, a escuderia já passava por problemas desde 2005, quando a até então fornecedora de motores BMW abandonou a equipe por conta de desentendimentos. Desde 2014 a Williams trabalha com motores Mercedes.

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Além dos sérios problemas de gestão, a equipe resolveu adotar os famosos e polêmicos "pay drivers", uma estratégia malvista pelos pilotos experientes, pelos torcedores da Fórmula 1 e até mesmo pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA). O experiente ex-piloto Rubens Barrichello acredita que a decisão da Williams de contratar pilotos remunerados foi um fator que contribuiu para a atual queda no desempenho. Em 2017, o piloto Lance Stroll teve sua estreia financiada pelo pai, o empresário Lawrence Stroll, que comprou a vaga. A Williams adotou essa medida porque acredita que seja um dos principais meios para se manter na categoria. 

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A Fórmula 1 virou parque de diversões nas mãos de grandes empresários e de garotos nascidos em berço de ouro que, muitas vezes, não possuem condições de competir.

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Como se os problemas financeiros já não fossem o suficiente, a Williams torna-se alvo de piadas e é desmoralizada até pelos próprios pilotos. George Russell, piloto da equipe, criticou o desempenho do carro da Williams ao treinar virtualmente com o seu colega da Ferrari, Charles Leclerc, que incentivava Russell a correr com uma maior velocidade. “Vamos George". "Eu estou tentando, cara. Eu estou numa Williams”.

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